Renda fixa é mais rentável que variável há 17 anos

      Nos últimos 17 anos, a renda fixa foi mais rentável que a variável em 58,8% de cerca de duas mil comparações. A conclusão, que está em estudo do professor Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), analisa prazos de dez anos, começados em julho de 1994, sempre com um dia de diferença entre uma comparação e outra.
      O material de Dana leva em consideração os resultados do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), principal termômetro da bolsa brasileira, e os títulos do Tesouro Direto. "Atenção: eu não estou dizendo que o futuro vai ser assim, mas, até agora, o Brasil de fato é o país da renda fixa", comenta o professor da FGV.
      O principal motivo para a forte vantagem da renda fixa sobre a variável é a alta taxa de juro - que é a base da remuneração da renda fixa - praticada no Brasil. Ao mesmo tempo, as perdas da Bolsa registradas no estudo mostram a tremenda instabilidade da modalidade de investimentos no Brasil, segundo avaliação de Samy Dana. "A Bolsa brasileira, historicamente, oscila cerca de 2% ao dia. Isso é muito mais que risco, é instabilidade", acrescenta.
      Ele lembra também que muitos financistas indicam que a "Bolsa é, de longe, a melhor opção de investimento para o longo prazo" e embasam o argumento justamente sob a apresentação de gráficos que mensuram a rentabilidade passada - e de períodos curtos. "Os investidores precisam ter cuidado", alerta o professor.
      Outra coisa comum no mercado, afirma Dana, é a publicação de livros que ensinam as pessoas a enriquecerem com investimentos na Bolsa. "E, daí, os exemplos usados nas publicações são em cima de dados ou histórias ocorridas na bolsa americana, que não tem nada a ver com a nossa", critica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://economia.ig.com.br/financas/investimentos/renda-fixa-e-mais-rentavel-que-variavel-ha-17-anos-diz-fgv/n1597217242392.html

Superávit comercial acumulado no ano cresce 78% ante 2010


      A balança comercial da primeira quinzena de setembro apresentou superávit de US$ 1,319 bilhão e média diária de US$ 219 milhões. Foram exportados US$ 6,832 bilhões, o que corresponde a uma média diária de US$ 1,138 bilhão; e importados US$ 5,513 bilhões (média diária de US$ 918 milhões). No acumulado do ano (174 dias úteis), o saldo comercial está positivo em US$ 21,279 bilhões, com média diária de US$ 122 milhões. O resultado é 78,6% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
      Na primeira semana do mês, foram registrados US$ 2,114 bilhões (média diária de US$ 1,057 bilhão) em exportações. Já as importações representaram US$ 1,798 bilhão (média diária de US$ 899 milhões). O superávit foi de US$ 316 milhões (média de US$ 158 milhões).
       De acordo com o ministério, na segunda semana, o superávit foi de US$ 1 bilhão (média de US$ 250 milhões). As exportações somaram US$ 4,718 bilhões e as importações, US$ 3,715 bilhões. No acumulado do ano, as exportações chegaram a US$ 173,546 bilhões - um crescimento de 31,7%. Nas importações, o aumento foi de 27% - as compras internacionais alcançaram US$ 152,267 bilhões no período analisado. 
Fonte: Terra 

1º Conferência Internacional de Crowdsourcing


      A Mídia Social tem colocado seu foco em conversações, porém, um evento internacional realizado recentemente no Brasil, fez a seguinte pergunta: o que fazer com pessoas além da conversa?

    Foi com esse intuito que o Brasil sediou no dia 29 de agosto a 1º Conferência Internacional de Crowdsourcing, Co-criação e Comunidades, realizada no Teatro Vivo, em São Paulo e organizado pela Motopo, tendo à frente da organização Marina Miranda, Diretora Geral da Motopo Brasil.
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      O mote das palestras e debates trouxe à tona como as empresas estão recriando seus modelos de trabalho em uma sociedade cada vez mais conectada. Numa metodologia de criação tradicional, onde se concentra todo o processo de comunicação na fase de lançamento de um novo produto, o evento apresentou cases e metodologias onde o envolvimento de consumidores, a cadeia colaborativa de uma empresa e pessoas interessadas no início deste processo de desenvolvimento, podem revelar resultados mais interessantes e acertados, além de construírem relacionamentos mais fortes e duradouros.

      Foi o caso da construtora Tecnisa, apresentado por Romeo Busarelo, professor da ESPM e do Insper e diretor de ambientes digitais, inovações e relacionamento com o cliente da Tecnisa. Bussarelo falou das oportunidades e de alguns trabalhos que a Tecnisa vem desenvolvendo através da interação entre as mídias on e off line e alertou os convidados sobre uma nova era de negócios. “Definitivamente nós precisamos entrar numa mudança de ética, se não nos atentarmos a isso, ficaremos estagnados. Hoje o que mais se vê nas empresas é a dificuldade de utilizar as novas ferramentas, aplicar novas estratégias e compreender este novo modelo de mercado”.

     Bussarelo demonstrou como o projeto Tecnisa Ideias, a exemplo do Starbucks Idea e do Ideastorm, da Dell, exemplifica essa postura. O site está no ar desde 2009 e de lá pra cá, a contribuição dos consumidores on-line se junta a uma série de inovações feitas pela construtora, que direcionam a construção de novos apartamentos e o que deve ser implementado, ou não. O projeto dá a oportunidade de qualquer pessoa apresentar uma ideia para a Tecnisa, se ela for boa a construtora entra em contato com o seu criador e agenda uma conversa dentro da empresa para discutirem uma possível parceria de negócios. “Vivemos a era da colaboração. Hoje eu ouço meu cliente e amplifico meu negócio. Não podemos nos prender mais a um modelo impositivo”, destacou Busarelo.

      Outro caso interessante, já conhecido também pelo público, foi apresentado pela Agência Click Isobar com o projeto do carro conceito da Fiat, o Fiat Mio. Exposto na 26ª edição do Salão Internacional do Automóvel no ano passado, o protótipo da montadora foi todo concebido com a colaboração de internautas, que desde do inicio do processo de sua criação puderam dar sugestões e criticas e acompanhar os bastidores do trabalho de engenheiros e designes através de uma plataforma colaborativa dentro de um blog da Fiat. Entre vários resultados interessantes, a Fiat acabou se tornando a primeira montadora no Brasil a lançar um aplicativo que permite a seus clientes baixar o manual completo de seu carro através do smartphone ou acessá-lo pelo celular.

       A Boa Vista Serviços, administradora do SCPC, também participou do evento apresentando um case sobre participação colaborativa, através da criação de uma intranet, chamada Rede Nós. Nela, seus colaboradores relacionam entre si, com a diretoria e os demais setores da empresa, geram conteúdo e conversas sobre tudo o que acontece no seu trabalho e também podem gerar valor e novos negócios através do programa EmVista.

      Neste programa, todo funcionário da Boa Vista pode, literalmente, investir em novas idéias parara a companhia. A plataforma online serve como uma espécie de “leilão de idéias”, onde o funcionário da empresa paga com uma moeda virtual para colocar sua ideia neste site. Neste ambiente seus participantes avaliam as melhores idéias, investem e podem perder ou ganhar “dinheiro” com ela. O case foi apresentado, sem muitos detalhes, por Fernando Cosenza, superintendente de inovação e sustentabilidade da Boa Vista Serviços, que apenas utilizou este exemplo para demonstrar como a companhia vem trabalhando esta postura colaborativa na sua gestão. “Esse programa busca avaliar novas propostas de negócios e novos projetos para a empresa. Ouvir nossos colaboradores - sem moderação – interagir e desafiá-los a proporem boas ideias tem sido muito importante para o crescimento da empresa”, avaliou Cosenza.

      Outro bom exemplo de como a colaboração espontânea, através de uma boa ideia, pode gerar visibilidade para uma determinada marca, foi o case da Red Bull Street Art, apresentado por Guga Ketzer, diretor de criação e sócio da agência de publicidade Loducca, criadora do projeto.

      A Loducca desenvolveu dentro da interface Google Street View, uma janela que apresenta uma coleção colaborativa de locais onde a arte de rua está presente (muros e fachadas grafitados, em qualquer lugar do mundo). Nele os internautas colaboraram compartilhando seus achados no próprio site, ajudando assim a criar uma coleção de arte de rua do mundo todo. “Tivemos mais visitação e compartilhamento do que o site da Red Bull dedicado à Fórmula 1. Isso em pouquíssimos meses desde sua criação. E tudo aconteceu de forma espontânea, através de uma pessoa que postou na página do seu Facebook”, revelou Guga Ketzer.

     Estes foram apenas alguns dos exemplos apresentados durante o evento, que contou ainda com uma parte dedicada ao Crowdfunding - uma tendência de financiamento colaborativo de projetos, que tem dado muito certo lá fora e que está começando a ter repercussão por aqui, vide o projeto A Banda Mais Bonita Da Cidade, que em breve lançará seu primeiro CD todo financiando por meio deste conceito.

      A 1º Conferência Internacional de Crowdsourcing do Brasil foi uma grande oportunidade de vermos como novos negócios, modelos de gestão e novos modelos de mercado estão se desenhando numa sociedade mais conectada, comunicativa e participativa. E o mais importante, lançou questionamentos e dúvidas que contribuíram para a reflexão e a análise dessas tendências.

Fonte: B2B Magazine

Simpósio em SP vai discutir ações anticorrupção nas empresas


Os desafios e impactos da nova lei anticorrupção britânica, que entrou em vigor em 1º de julho, e as tendências de compliance e processos de due diligence serão debatidos durante o Seminário – Legislação Internacional Anticorrupção – Contexto e Tendências. De acordo com a advogada Isabel C. Franco, do escritório Koury Lopes Advogados (KLA), organizador do evento, as empresas estão utilizando cada vez mais os programas de compliance não só como uma forma de combate à corrupção, mas também como estratégia concorrencial.
“Hoje, as corporações que são conhecidas pela sua qualidade e, principalmente, por sua transparência, ganham destaque, atraindo investidores e clientes”, explica Isabel. Segundo a especialista, ao adotar uma conduta ética para sua atividade, a empresa contribui para o fortalecimento de sua marca de maneira distinta. A especialista ressalta que a associação de uma marca com ações de corrupção é um desastre no mercado. “O consumidor premia as empresas íntegras e éticas”, lembra.
Mecanismos de combate à corrupção tanto no setor privado quanto no público não são exclusivos de países como Estados Unidos e Reino Unido. Segundo Isabel, está sendo fechado o cerco à corrupção mundial. As empresas estão se adequando às mais novas regras de compliance.
“As mudanças de comportamento no mercado brasileiro são evidentes. As empresas ou filiais brasileiras estão pensando duas vezes antes de entrar ou continuar no mundo da corrupção. A penalização vem de todos os lados, especialmente do consumidor. Diversas companhias estão contratando serviços de assistência a programas de compliance, pois a corrupção que começa com uma pessoa pode levar a empresa à falência”, afirma Isabel.
O seminário terá cinco painéis: Visão Geral da Legislação Global Anticorrupção; Elementos Principais da FCPA, da Lei Antipropina do Reino Unido e das Leis Brasileiras; Estruturação do Programa Ideal de Compliance; Conduzindo Averiguações Internas Efetivas e Completas; Conduzindo Due Diligence de Corrupção em Joint Ventures e Fusões e Aquisições.
Entre os participantes estão Sérgio Romani, sócio-líder de auditoria da Ernst & Young Terco, Matthew J. Herrington, sócio da Steptoe & Johnson LLP,  Peter Knight, sócio da Bird & Bird, Tara Giunta, sócia da Paul Hastings LLP, Josie Jardim, diretora jurídica para a América Latina da GE Corporate, Thaís Carlone, diretoria jurídica da Dow Brasil, Luís Carlos Torres, sócio do escritório Demarest e Almeida Advogados, Giovanni Falcetta, da Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr, e Quiroga Advogados, entre outros.
O evento será realizado no dia 14 de setembro no auditório Cultura Inglesa, em São Paulo. A inscrição é gratuita e as vagas são limitadas a dois representantes por empresa. A inscrição pode ser feita pelo telefone (11) 3799.8261.

Empresários já se preparam para uma economia de baixo carbono



      O setor empresarial brasileiro vem se preparando para ter condições de atuar em uma economia de baixo carbono. Mas um acordo internacional é imprescindível para evitar ou reduzir os efeitos econômicos e sociais do aquecimento global. A afirmação é do técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ronaldo Seroa da Motta.
      “Já se observa uma corrida para a economia de baixo carbono. O setor privado se organiza porque percebe que, mais cedo ou mais tarde, sem acordo ou com acordo, essa realidade será inevitável. Mas o mercado, por si só, não poderá lidar com os custos das mudanças climáticas”, argumenta Motta.
      Para o pesquisador do Ipea, o grande desafio das negociações mundiais sobre o clima é a polarização entre os Estados Unidos e a China, os principais motores da economia e maiores emissores mundiais de gases do efeito estufa. “A disputa entre Estados Unidos e China precisa ser resolvida. Se o acordo de Quioto não for renovado, com metas mais ambiciosas e vinculantes, na conferência de Durban, em dezembro, teremos um grande retrocesso”, diz.